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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Acaba Hoje o Horário de Verão

Após um período de 126 dias, termina hoje o horário brasileiro de verão 2009/2010. Como sempre, os números apresentados pelos governo mostrarão os mesmos resultados pífios de uma ridícula economia de energia, especialmente se comparados ao longo período de tempo de sua vigência. Mesmo assim, estes resultados serão festivamente comemorados pelos noticiários da grande mídia,  unânimes em festejar as "vantagens" conquistadas com tanto sacrifício por parte dos habitantes das regiões sul e sudeste - as mais populosas do país.
A idéia de se criar um horário diferenciado de verão foi originada nos EUA durante o Séc. XVIII, e adotado posteriormente pela Inglaterra, e em seguida pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial - com o objetivo de aproveitar melhor a iluminação solar no hemisfério norte.
Sendo o Brasil um país tropical, onde a iluminação solar é naturalmente prolongada no verão, a adoção de tais medidas serve apenas para prolongar ainda mais a jornada  de trabalho, transferindo-se o horário do calor mais intenso, com o sol a pino do meio dia, artificialmente para as 11h.
Milhões de brasileiros são obrigados a alterar seus relógios biológicos durante 126 dias de intenso calor do verão tropical, sob o duvidoso pretexto de "enonomizar energia", justamente quando os dias são mais longos e as noites mais curtas, e os reservatórios das hidrelétricas estão mais cheios durante a estação das chuvas. Então, para que tanto sacrifício, se não há riscos de faltar energia?
Na verdade, o governo brasileiro não investiu o que deveria, e continua não investindo, na ampliação da rede de transmissão de energia elétrica para acompanhar o crescimento da população e da indúitria.
Para quê gastar dinheiro com obras que ninguém vê, quando é possível sacrificar a população e continuar tocando o problema para a frente, sem gastar um precioso centavo dos cofres públicos?  Especialmente se o governo pode escorrer seus billhões por outros ralos, digamos, mais "interessantes", como comprar panetones,  contratar bons marqueteiros e financiar campanhas bilionárias pela mídia satisfeita e cooperante.
Ficamos assim então: eles fingem que governam, e nós fingimos que acreditamos.
Enquanto isso, o povo é quem paga o pato, e existe muita gente que até paga rindo e satisfeito. Não é difícil encontrar por aí pessoas que adoram o período do horário  de verão, e que até ficam tristes e demoram a se adaptar novamente ao relógio solar quando ele acaba.
Realmente, nossos políticos podem ser dar por satisfeitos por governar um povo tão dócil e feliz.

Fernando Victor