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quinta-feira, 5 de março de 2015

Aumento da luz e combustível faz setor hoteleiro iniciar demissões


As empresas do setor hoteleiro em Salvador - que inclui, também, bares e restaurantes - devem começar a demitir pessoal nos próximos meses, em razão da redução na ocupação do setor e aos reajustes praticados pelo Governo Federal. A tendência foi anunciada, ontem, pelo presidente da Febha-Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes da Bahia, Sílvio Pessoa. 
Ele assegurou o quanto “a primeira medida para enxugar custos é o corte de pessoal” e atribui a medida ao “período da baixa estação, iniciada desde a quarta-feira de cinzas, e aos aumentos na tarifa de energia elétrica, preços dos combustíveis e dos produtos que compõem o cardápio do café da manhã”.  
Pessoa disse que o empresariado, “mais que preocupado, está com as mãos na cabeça frente ao cenário de dificuldades na economia do país e diante da queda na rentabilidade do setor”. Segundo ele, “além da folha de pessoal, insumos como água e energia são nossos principais custos e alcançam, no mínimo, cerca de 10% das despesas fixas”, disse.
Para o presidente da Febha, a ocupação dos hotéis “está abaixo dos 50%. Um equipamento de médio porte requer ocupação mínima de 60% para pagar os custos, manter-se no ponto de equilíbrio”, disse. Dos 404 hotéis de Salvador, 180 estão no Litoral Norte, compreendendo um total de 39 mil leitos. 
Em todo o estado, com 3.500  hotéis e 30 mil bares e restaurantes, o setor proporciona 200 mil empregos diretos e 750 mil indiretos. “Representamos 7,5% do PIB estadual, mais de 20% do PIB de Salvador e recolhemos 37,5% de impostos diretos”, contabilizou. Sílvio Pessoa mencionou, ainda, o fato de as companhias aéreas estarem reduzindo o preço das passagens no afã de manter o volume de passageiros e destacou o quanto “viagens, turismo e lazer são os setores mais sensíveis nas variações das conjunturas econômicas”.
Agora, o que vemos, segundo Pessoa, é “o Governo tentando fazer o empresariado pagar as contas do erro na política econômica e no descontrole nos gastos públicos”. Para ele, a perspectiva de retomada do movimento no setor hoteleiro somente deverá ocorrer em 2016. Este ano vamos ter que administrar uma recessão brava e um “pibinho” negativo, afora os feriados prolongados.

Albenísio Fonseca

Fonte: Tribuna da Bahia