AVANT SUPERMERCADO - CAXAMBU

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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

CIDADE EM COLAPSO - UMA ECONOMIA ESTAGNADA

Quinta-feira, 17 de Setembro de 2015 acorda de ressaca de 16 de Setembro.
As ruas estão vazias, não há quase movimento perceptível.
Poucas pessoas circulam entre lotéricas , quitandas e padarias.
Os bancos, ainda não abriram suas portas e as agencias do INSS continuam em greve.
Azar dos aposentados e acidentados.Eles que se virem.Um pecado, um crime de lesa pátria que só sacrifica aos mais necessitados.
Sinais dos tempos.
Ao que parece a Administração Municipal descansa em berço esplêndido: Decretou ponto facultativo nesta Quinta e, amanhã que é Sexta.
Um caos aos que precisem dos serviços administrativos e de atendimento na Policlínica.
Vale lembrar que até os anos 60, a força propulsora da atividade turística na cidade era capitaneada pelo Setor Hoteleiro.
O Hotel Gloria à época do Boom Turístico foi o moto propulsor da atividade natuaral da cidade como Estância Hidromineral.
Até 1945, o Jogo em Cassino acelerou a frequencia no Circuito das Águas em Minas.
Paralelamente a esse tempo, a Empresa das Águas Caxambu, responsável pelo engarrafamento, produção e comercialização da Marca Caxambu conquistou os Mercados do Eixo Rio/São Paulo.
As águas de Minas (Caxambu, Araxá, Cambuquira e Lambary) podiam ser encontradas em todos os restaurantes, hotéis e bares tanto da Capital Federal ( o Rio de Janeiro), quanto em São Paulo.
Na orla marítima do Rio (Copacabana, Ipanema e Leblon), Caxambu era a Soberana das Águas.
Mesmo depois,quando a SUPERÁGUAS (Empresa ligada ao Grupo Super Gasbrás) assumiu a explotação e comercialização das águas de Caxambu, a marca continuou a romper fronteiras, indo até para os Estados Unidos e Alemanha ganhou nessa época o selo "Dijon", quando foi distribuída pelas principais companhias aéreas.
A Seleção Brasileira de Vôlei, quando esteve no auge envergava a camisa sob patrocínio da Superáguas e, os copinhos de água mineral Caxambu rodaram o Mundo sendo mostrados em "close" pelas televisões do Mundo Inteiro.
A cidade teve ainda, uma Siderúrgica, a Companhia Paulista de Ferro Ligas , que gerava inúmeros empregos pagando insalubridade e mantendo 03 turnos diários, além dos empregos indiretos gerados pela movimentação e transporte de insumos básicos à atividade siderúrgica.
Havia na cidade um Posto de Serviços da Receita Federal, hoje extinto, além de outros serviços na Agencia Local do INSS, que foram deslocados para São Lourenço.
A cidade perdeu em capacidade de geração de empregos, aproveitando-se de um "Boom Econômico" gerado nos anos 80, com as administrações municipais de Isaac Rosental e Marcus Gadben capitaneadas pelo Governo Estadual de Newton Cardoso .
É desse tempo o calçamento de inúmeros logradouros públicos em diversos bairros da cidade, mormente os bairros do Bosque, Santa Teresa, Santa Rita, Trançador e observatório.
Surgem loteamentos populares com construções de unidades populares distribuídas às populações de baixa renda.
Ampliam-se ruas e avenidas e a cidade ganha sua artéria principal,a Av. Beira Bengo.
Bom lembrar, que durante muito tempo a Escola Wenceslau Braz, o denominado Patronato foi uma Escola Modelo no atendimento de menores carentes de todo país. É desse tempo o Prof. Antônio Luiz Gonçalves carinhosamente tido pelo povo de Caxambu, como : O Pai de todos.
A Escola, cujo prédio e suas dependências que hoje encontram-se em completo abandono foi palco de uma atividade educacional exemplar.
Pena, hoje vive no esquecimento das autoridades políticas Federais e Municipais, nem um muro caído conseguem reerguer.
Retrato do abandono e desperdício de dinheiro público.
O Turismo como moto propulsor do Desenvolvimento
Em linhas gerais no país e , no mundo, "entre 1950 e 1973 se inicia a falar de “boom” turístico. O turismo internacional cresce a um ritmo superior ao de toda a sua história. Este desenvolvimento é consequência da nova ordem internacional, a estabilidade social e o desenvolvimento da cultura do ócio no mundo ocidental. Nesta época se começa a legislar sobre o setor.
A recuperação econômica, especialmente da Alemanha e do Japão, foi uma assombrosa elevação dos níveis de renda destes países e fazendo surgir uma classe média estável que começa a interessar-se por viagens.
Entretanto com a recuperação elevando o nível de vida de setores mais importantes da população dos países ocidentais, surge a chamada sociedade do bem-estar que uma vez com as suas necessidades básicas atendidas passa a buscar o atendimento de novas necessidades, aparecendo neste momento a formação educacional e o interesse por viajar e conhecer outras culturas. Por outra parte a nova legislação trabalhista adotando a semana inglesa de 5 dias de trabalho, a redução da jornada de 40 horas semanais, a ampliação das coberturas sociais (jubilación, desemprego, invalidez,…), potencializam em grande medida o desenvolvimento do ócio e do turismo.
Também estes são os anos em que se desenvolvem os grandes núcleos urbanos e se evidencia a massificação, surge também o desejo de evasão, escapar da rotina das cidades e descansar as mentes da pressão.
Nestes anos se desenvolve a produção de carros em série o que permite acesso cada vez maior a população deste bem, assim com a construção de mais estradas, permite-se um maior fluxo de viajantes. De fato, a nova estrada dos Alpes que atravessa a Suíça de norte a sul supondo a perda da hegemonia deste país como núcleo receptor, pois eles iam agora cruzar a Suíça para dirigir-se a outros países com melhor clima.
A evasão é substituída pela recreação, o que se supõem um golpe definitivo para as companhias navais, que se vêem obrigadas a destinar seus barcos aos cruzeiros.
Todos estes fatores nos levam a era da estandardização padronizando os produtos turísticos. Os grandes operadores turísticos lançam ao mercado milhões de pacotes turísticos idênticos. Na grande maioria utiliza-se de vôos charter, que barateiam o produto e o popularizam. No princípio deste período (1950) havia 25 milhões de turistas, e ao finalizar (1973) havia 190 milhões.
No obstante, esta etapa também se caracteriza pela falta de experiência, o que implica as seguintes consequências. Como a falta de planejamento (se constrói sem fazer nenhuma previsão mínima da demanda ou dos impactos ambientais e sociais que se podem surgir com a chegada massiva de turistas) e o colonialismo turístico (existe uma grande dependência dos operadores estrangeiros estadunidenses, britânicos e alemães fundamentalmente).

Na década de 1970 a crise energética e a consequente inflação, especialmente sentida no setor dos transportes ocasionam um novo período de crise para a indústria turística que se estende até 1978. Esta recessão implica uma redução da capacidade de abaixar os custos e preços para propor uma massificação da oferta e da demanda.
Na década de 1980 o nível de vida volta a elevar-se e o turismo se converte no motor econômico de muitos países. Esta aceleração do desenvolvimento ocorre devido à melhoria dos transportes com novos e melhores aviões da Boeing e da Airbus, trens de alta velocidade e a consolidação dos novos charter, também observa-se um duro competidor para as companhias regulares que se vem obrigadas a criar suas próprias filiares charter."
Se o Brasil aproveitou este "Boom", pouco muito pouco aproveitaram as tradicionais Estâncias Hidrominerais de Minas.
foram todas fadadas à estagnação.
Hoje, em setembro de 2015 Caxambu acorda com suas atividades Administrativas inoperantes como resultado de um Decreto de Ponto Facultativo editado em plena crise econômica a que experimenta o país.
Até quando a cidade vai conviver com o descaso das autoridades administrativas sejam elas Federais, Estaduais e Municipais.
O Povo não pode continuar pagando má gestão de seus administradores públicos.
O caos, não pode ser o limite.
É chegada a hora de darmos um Basta.
Basta de tanta hipocrisia, ninguém suporta pagar mais impostos, sem contrapartida eficiente.
O Voto é nossa Arma!

Em Tempo: A presente critica é uma radiografia econômica da realidade brasileira que afeta , também aos Municípios sem distinção. É genérico o nosso Ponto de Vista, sem qualquer conotação de natureza política.
("Boom Turístico" - Fonte de Pesquisas: Wikipédia, a Enciclopédia da Net.)