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domingo, 16 de outubro de 2016

ALÔ CAXAMBU! TURISMO : DESFAZENDO EQUÍVOCOS - by José Celestino Teixeira.

ALÔ CAXAMBU!
TURISMO : DESFAZENDO EQUÍVOCOS
by José Celestino Teixeira.

                                                                                                                                                                Foto : Rafael Russano

Hoje, novamente fui advertido de forma até amigável no sentido de que meus textos publicados no Portal “Arte 3” são longos demais, embora tenham conteúdo.
Não objetei-me contra a crítica, senão para observar que: As pessoas perderam o habito de ler, aliás, muitas nunca lêem nada.
Só contextualizar o fato, de que ler um texto no aparelho celular é deveras incomodo, tenho:
O Mundo se tornou veloz demais para que se preocupem com a profundidade, senão renderem-se a superficialidade.
Contudo, acatada a crítica, que não me pareceu mordaz, mas tão somente observadora, felizmente não me rendo a ela.
Digo mais: quem não adquiriu o hábito da leitura na infância, não vai ser agora que vai adquiri-lo.
Diante da tentação do WhatsApp (abreviação de palavras em prol da velocidade da comunicação), pingo é letra.
Mas não me rendo.
Na teimosia de me fazer melhor entender ouso desafiar até a burrice prejudicial que ronda a cidade, quando o assunto é turismo.
Para se ensinar é preciso aprender.
E, não se aprende sem ler.
Livro não é como sanduíche que entra pela boca, como fast-food.
Cultura, não vende em Truck-food.
É na biblioteca que se aprende ler e escrever.
Fora dela nas artes, na primeira que é a música até a sétima que é o cinema.
Ninguém nasce sabendo, senão se dispuser a aprender.
Aprender a Ler.
E nesse impasse entre cultura e submissão, arte e desastre, conhecimento e ignorância que nasce a Luz.
No fundo do túnel, nasce a Luz.
É pra falar em turismo curvo-me, agora, a sapiência dos fundadores de caxambu, que sabiam muito bem das coisas.
Cultura, nunca lhe faltou outrora!
Já se disse que o Parque das Águas, com suas 12 Fontes Miraculosas é a jóia rara da cidade.
E, hoje, poucos respeitam o Coração da Cidade, a Alma da Estância.
Desde a escolha das essências florestais e o bom gosto da arquitetura europeia das fontes (belgas) passando pela homenagem à Família Imperial e a riqueza do seu Balneário hidroterápico, tudo naquele ambiente Cultura.
Mas, tem muita gente que não respeita.
E o que é pior; Insiste Ignorar.
O cara se mete a cicerone e vomita besteira nos ouvidos dos Turistas.
Ontem mesmo, pela enésima vez vi um Cicerone (guia de viagem ou coisa parecida) repetir uma asneira incomensurável:
Dizia ele no pedestal de sua ignorância: “
-- “Esta árvore da alameda do Parque é a mesma existente no Canadá e, foi presente da Família Imperial Canadense à Família Imperial Brasileira!”
Entretanto, Muita gente não sabe, mas o Canadá é uma Monarquia. Ao invés de um presidente os canadenses tem uma Rainha. O país é uma monarquia constitucional! E o que pode deixar os desavisados de boca aberta é que a atual monarca do Canadá é a Rainha Elizabeth II, do Reino Unido.
Logo, a Família Imperial Canadense é Inglesa.
O Canadá tem um primeiro-ministro Stephen Harper, líder do Partido Conservador do Canadá. Ele é de fato o chefe de governo do país. A rainha tem um representante com o título de governador geral.
Embora, os Ingleses tenham tido enorme influencia na colonização brasileira (parceiros dos Portugueses no comércio) , nada significa que o Plátanos que temos no Parque seja o mesmo, Bordo (Ácer), cuja folha está na bandeira do Canadá.
As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam!
O que parece, nem sempre é igual.
O infeliz Cicerone se referia justamente ao nosso “Plátanos” do Parque (aquele que solta suas folhas no Outono) afirmando que é a mesma árvore, cuja folha é símbolo do Canadá e desfralda em sua Bandeira.
Ledo engano!
Quanta heresia, o pobre professor vomitava aos ouvidos mocos dos turistas que o acompanhavam em excursão pela cidade.
E este erro crasso se repete por muitos funcionários do Parque, cujo relato já ouvi de outras pessoas.
Pelo amor de Deus!
Nosso plátanos, embora tenha a folha semelhante àquela que desfralda na bandeira do Canadá, nunca foi da mesma espécie do do chamado “Bordo” (Ácer).
Pode ser parente, mas, não o mesmo.
Conveniente até que os botânicos locais fizessem uma publicação a circular pelo Parque em forma de Folheto mostrando a classificação botânica correta, daquela espécie, com sua origem e características.
Fica a dica!
Então, para acabar com este equivoco e encurtar o texto (a pedidos), Vamos Lá:
“Ácer - "maple tree" (Bordo) - a folha de ácer é o símbolo mais importante do Canadá, sendo associada ao país desde 1868 e introduzida à bandeira nacional em 1965. "Maple" é o nome de aproximadamente 150 espécies de árvores e arbustos pertencentes ao gênero Acer. Esta árvore é também responsável por uma das maiores delícias da sua culinária. Dela se extrai seivas adocicadas, que são fervidas até se transformarem no melaço, o "maple syrup", (o que acontece a 102°C, 103°C). Podendo substituir o açúcar, é muito usado em panquecas e no preparo de doces diversos como biscoitos, bombons, sorvetes e em bolos. No "Maple Syrup Festival", o festival de xarope de plátano na cidade de Elmira, é possível observar a extração e o processo de produção do xarope e, claro, degustar.
Acer é um género botânico pertencente à família Aceraceae, podendo ser denominada com o nome comum de bordo. Pode ser uma árvore ou arbusto. Existem aproximadamente 128 espécies, a maioria das quais são nativas da Ásia, mas várias espécies também ocorrem na Europa.
As diferentes espécies de bordo ou são classificadas numa família própria, a Aceraceae, ou (juntamente com a Hippocastanaceae) incluídas na família Sapindaceae. Classificações modernas, incluindo a classificação do Grupo de Filogenia de Angiospermas, favorecem a inclusão em Sapindaceae.
A palavra ácer deriva de uma palavra latina que significa "agudo" (referindo-se às pontas características das folhas) e foi empregada pela primeira vez para o género pelo botânico francês Joseph Pitton de Tournefort em 1700.[1].
Da seiva da árvore é produzido o xarope de bordo ou xarope de ácer, consumido principalmente com torradas, panquecas e rabanadas.
Os bordos, em sua maioria, são árvores que atingem de 10 a 40 metros de altura e são caducifólias.
Notórias pelas folhas palmiformes (espalmadas), comumente com três pínulas, embora existam espécies com cinco, sete ou ainda nove.
As suas flores são verdes, amarelas, cor de laranja ou vermelhas. Devido à sua floração ocorrer logo no início da primavera, alguns bordos se tornam uma importante fonte de pólen e néctar para as abelhas nesse período. Embora cada flor sua seja pequena, o efeito de uma árvore inteira florida pode ser espantoso em algumas espécies.
A bandeira do Canadá apresenta uma folha vermelha de bordo estilizada, a qual é um proeminente símbolo nacional. A folha de bordo também é o símbolo do jogo online MapleStory da Wizet e Nexon. A folha de bordo está ligada aos Colonos Vikings que partiram da Noruega e chegaram na Europa Insular Subártica.
Motivo da Confusão:
Plátano-bastardo (Acer pseudoplatanus): O plátano-bastardo é a árvore nacional do Canadá, também conhecido como maple tree em inglês, ou érable em francês. Apesar do nome plátano esta planta é na verdade um bordo (ácer).
Os nomes das árvores - plátanos
Pelas melhores e piores razões temos ultimamente falado de plátanos, a árvore de sombra por excelência na maior parte das cidades da Europa e da América do Norte, e a folhosa ornamental mais regularmente distribuída de norte a sul de Portugal. E hoje, na sequência do que já foi aqui escrito nos comentários pela nossa amiga Ver, tentamos deslindar a sua origem e a razão de ser dos seus nomes.
Segundo Plínio -que no início da nossa era escreveu não haver árvore que melhor protegesse do calor do sol - os plátanos teriam sido introduzidas em Itália cerca de 390 a.C. provenientes da Grécia, onde eram objecto de uma veneração especial. Ainda hoje, na ilha grega de Cós, se pode admirar o chamado plátano de Hipócrates, debaixo do qual, segundo reza a lenda, aquele que é considerado o pai da medicina ocidental atendia os seus pacientes. É aliás do nome grego da árvore, "platanos", que vem a designação científica do gênero, derivando o termo de "platys" que significa plano, largo em referência às folhas, segundo a maioria dos autores.
Conhecem-se cerca de 6 a 7 espécies de plátanos. Enquanto os da Grécia pertencem à espécie Platanus orientalis, originária das regiões temperadas da Ásia ocidental, o Platanus occidentalis, é nativo da zona atlântica dos Estados Unidos e foi introduzido em Inglaterra ainda antes de meados do séc. XVII, oriundo da Virgínia. No entanto as espécies eram bastante confundidas na literatura dos séc. XVIII e XIX até 1853, data em que Sir Joseph D. Hooker esclareceu as diferenças entres as duas espécies baseando-se nas características distintas dos frutos, o que até então tinha passado despercebido (cf. Hui-lin li).
No livro Árvores Monumentais de Portugal (Portucel, 1984), Ernesto Goes introduz a descrição de alguns dos nossos mais notáveis plátanos do seguinte modo: «A única espécie difundida no país é a Platanus hybrida Brot., sendo de origem desconhecida e considerada uma espécie resultante do cruzamento do Platanus orientalis com o Platanus occidentalis.»
Outra designação científica sinônima, por sua vez preferida no país vizinho, é a de Platanus hispanica Mill. ex Muenchh. Recentemente, a opinião dos botânicos evoluíu no sentido de considerar esta espécie, não um híbrido, mas sim uma variedade do plátano oriental, e por isso haverá uma tendência para se adoptar o nome de Platanus orientalis var. acerifolia Aiton. ou seja mais uma designação a juntar à longa lista e a necessidade de se reverem afirmações e "verdades" anteriores!lemão Carl Ludwig Willdenow (1765 -1812), com quem aliás Brotero se correspondeu.)

Outra designação científica sinônima, por sua vez preferida no país vizinho, é a de Platanus hispanica Mill. ex Muenchh. Recentemente, a opinião dos botânicos evoluiu no sentido de considerar esta espécie, não um híbrido, mas sim uma variedade do plátano oriental, e por isso haverá uma tendência para se adaptar o nome de Platanus orientalis var. acerifolia Aiton. ou seja mais uma designação a juntar à longa lista e a necessidade de se reverem afirmações e "verdades" anteriores!
Os nomes vulgares da árvore nos diferentes idiomas são também significativos: platano comune em italiano; platane commun e platane à feuilles d'érable (p. de folhas de ácer) em francês; plátano de sombra em espanhol; e em inglês European plane (plátano europeu) e London plane (plátano de Londres), designação que faz jus à sua abundância nesta cidade onde mais de metade das árvores ornamentais são plátanos.

Porque é que se chama sycamore nos estados da América do Norte fica para a próxima "investigação", mas se alguém souber...
Publicada por ManuelaDLRamos à(s) 21.10.05
Etiquetas: os nomes das árvores , Platanus

Observações Valiosas:
O termo sycamore já existia antes de ser aplicado aos plátanos: é o nome que os ingleses davam e dão ao Acer pseudoplatanus (bordo-comum, em português). Quando chegaram ao Novo Mundo e viram o plátano, tê-lo-ão achado suficientemente parecido com o bordo para lhe darem o mesmo nome. Portanto a pergunta a responder é outra: por que chamam os ingleses sycamore ao bordo? (Paulo Araújo);
Alguns dicionários indicam que o termo sycamore (em português sicómoro) vem do grego sykós (figueira) e moros (amoreira). Designa desde tempos bíblicos (e com frequência nas Escrituras) um tipo de figueira que era muito comum na Faixa de Gaza e região vizinha (diz-se que em Jericó sobram algumas monumentais), a Ficus sycomorus: esta figueira tem folhas parecidas com as da amoreira. Bem, o caminho parece portanto ser este: amoreira --> figueira ---> bordo --> plátano. (Maria Carvalho).

VERSOS AO PLÁTANOS:
A VOZ DO PLÁTANO
(Lúcia Costa Melo Simas)
- Prende-me aqui a raiz!
Diz o plátano sacudindo as folhas
E solta-as como se fossem longos cabelos
Ou grades da sua prisão
Acabado o verão
Sem folhas, tronco nu, sem sombras
O plátano diz
---- Prende-me a raiz
E sente-se contente
Da sua força
Felizes os anjos que nada disseram
E voaram
Felizes os dias que voam
E nada dizem
Aprendem muito devagar
Os homens e os plátanos.
( Lúcia Costa Melo Simas)
HOJAS DE PLÁTANO
(Pierre Emmanuel *)
Secas hojas de plátano
En el camino que vuelve a la infancia
Un hombre ya antiguo
Se asombra de haber vivido tantas vidas
Y de haber cambiado tan poco
Sin embargo sería incapaz
De identificarse
Ninguna de las imágenes que creyó recobrar
Conserva su proporción o su lugar
La inmovilidad de las cosas que duran
Sufren por ello de un desfase sutil
Demasiado leyó para haber nacido simplemente en su fecha
Demasiado viajó para haber nacido simplemente en su lugar
Es que acaso nació es que acaso pertenece a esta tierra
Por pulmón artificial tiene el futuro
En esta tarde otoñal en que se tiñen de rojo los jardines
De cada lado de la alameda ya obscura
Solamente se acuerda de sí mismo
Por el ruido de sus pasos
Y por la estrella que vela allá en lo alto
Sobre el umbral sobre el abismo
* Pierre Emmanuel (1916-1984)
(Traducción de Carlos Cámara y Miguel Ángel Frontán)
VOLTANDO AO MOTE: Como explicar tamanha complexidade em texto raso?
(Pesquisa Técnica - Texto: Wikipédia e Portal “Dias com Árvores”.)